Que fim de ano, que começo de ano novo. Sabe quando parece que só quando você estiver em uma ilha deserta, com meia dúzia de pessoas desconhecidas, conseguirá aproveitar e ser feliz? Quando o corpo, a mente, o ser... tá tão cansad
o de tudo e de todos que nada do 'passado presente' te apetece? Terrível engano. Quanta gente 'velha' em momentos novos. E que momentos. Quantos amigos, quantos amores... São em horas como essas que eu fico feliz até com as tristezas. Poder olhar para um certo alguém e pensar: "passou". Ter o coração calmo, tranquilo e ao mesmo tempo, o olhar se virar para a direita e o corpo tremer, ficar nervoso. Dois extremos. Ouvi dizer que meu ano é o 9. O último. Aquele ano de balancear, tirar o desnecessário, aproveitar e abrir caminhos pro ano 1. Consegui colocar algumas coisas na balança em poucos dias mas o suficiente pra preferir que o corpo faça o seu papel. Deixa o coração paradinho por ali mesmo, na dele, só observando. Deixa que o corpo se gaste, fique nervoso, tremulo. Deixa que esses extremos sejam sentidos pela pele."Sentir seu corpo, sua pele. Sentir falta dos abraços que envolvem até um polvo. Lembrar do gosto da saliva somente pelo cheiro de um chiclete. Querer-te por perto nem que por alguns minutos..."